Tapa-buraco, a desútil solução para os buracos nas ruas!
A gente sabe bem que estradas e ruas esburacadas são o pesadelo de qualquer motorista. Estragos nos pneus, direção e suspensão, além de possíveis acidentes, são riscos que assumimos ao conduzir qualquer veículo por aqui. Mas um novo produto vai deixar as empreiteiras de cabelo em pé!
Operação tapa-buraco real/oficial
O procedimento é sempre igual. O governo paga e as empresas de construção civil tapam (quase sempre) os buracos das ruas, que logo mais reaparecem. O desperdício de tempo e dinheiro para esta manutenção parece nunca ter fim!
Mas se depender de um grupo de pesquisadores europeus da empresa espanhola Acciona Infraestructuras, isso vai acabar. Eles criaram um novo tipo de asfalto que se reconstrói sozinho quando exposto ao calor. Ou seja, o asfalto se regenera, fechando um buraco em apenas algumas horas e sem a intervenção de máquinas ou homens. Já imaginou?
Este poder de regeneração é por causa da incorporação de lã de aço ao betume, o agente de ligação que prende o asfalto à brita. Portanto, se o asfalto que contiver estas fibras de aço for aquecido por uma máquina de indução, o betuminoso derrete e, consequentemente, as fissuras e os buracos se unem, podendo aumentar o tempo de vida útil do asfalto em duas vezes.
Segundo os cientistas responsáveis pelo projeto, os testes indicaram ainda que a aplicação do calor por indução terá de ser realizada antes da formação do “buraco”, ou seja, na fase em que começam a aparecer as fissuras, que são capazes de se regenerar em apenas duas horas e concluir o “fechamento” do buraco aberto em um dia.
Ative a legenda para o português e entenda melhor nesse vídeo explicativo:
Será que vale a pena termos essas “estradas que se curam”?
Mesmo que este tipo de pavimentação corresponda a uma solução 25% mais cara que a da pavimentação que conhecemos, ainda assim, poderia-se economizar muito a médio ou longo prazo, considerando os custos com reparações das estradas, mobilização de pessoas para trabalhar, custo com possíveis indenizações aos condutores que usam as estradas e por aí vai. Além de aproveitar a viagem sem pedras soltas, estradas menos fechadas causando tumulto e, principalmente, menos buracos.
Este material já vem sendo testado desde 2015 em algumas estradas holandesas, porém, só saberemos com certeza das propriedades deste asfalto após um período de 7 a 10 anos de uso, pois é nessa época que começam a surgir os primeiros sinais de desgaste no pavimento e é preciso analisar também como ele se comporta em diferentes condições climáticas.
Enfim…a tecnologia do futuro está se aproximando. A cura de nossas estradas e a economia de milhões hoje gastos em reparações podem estar logo ali.
Será que um dia veremos nossas ruas sem buraco?
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