A majestade, o jacaré-do-Pantanal
Olááá, Mateiro! Hoje vamos exaltar nossa majestade, o Jacaré-do-Pantanal.
Pra começar, no Pantanal sul-mato-grossense é bem comum temos notícias sobre esse “mascote”.
Volta e meia surgem histórias como “Morador encontra jacaré em quintal e coloca coleira para esperar PMA”, “Jacaré do Pantanal é flagrado passeando pelas ruas de município em MS”, “Jacaré vira atração em pista de caminhada em município de MS” e “Jacaré sai da Lagoa Itatiaia, passeia por bairro e assusta moradores”.
Em outras palavras, ninguém duvida que o jacaré é uma das espécies mais emblemáticas do Pantanal.
Assim, ele é bastante observado com curiosidade por moradores e procurado por turistas empolgados por um clique.
Não à toa, é comum surgirem vídeos de jacaré pelas redes sociais.
Parece redundante falar onde o jacaré do Pantanal vive.
Pois ele, claro, tem seu habitat no Brasil, (nas bordas da Bacia Amazônica e do rio Paraguai – Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).
Mas ele também vive na Argentina, na Bolívia e no Paraguai.
Dessa forma, ele está sempre em ambientes essencialmente aquáticos.
Assim, o jacaré-do-Pantanal vê em nossa região a diversidade de ambientes que ele precisa.
Tais como baías (lagoas de água doce), salinas (lagoas de água salobra), corixos, rios e brejos.
E forma-se a família Alligatoridae, o Caiman crocodilus yacare
Predominantemente no fim da estação seca do Pantanal (de julho a outubro), o período de reprodução do jacaré do Pantanal acontece, quando o nível o nível da água está baixo e as temperaturas altas, ocorrendo as primeiras chuvas, que sinalizam às fêmeas a fazerem as posturas dos ovos.
A fêmea põe, em média, de 20 a 30 ovos, que se desenvolvem ao calor do sol e da vegetação, que geralmente compõe o ninho, quase sempre perto de fontes de água.
Assim, a reprodução se dá no período de cheias no Pantanal (entre janeiro e março).
Os filhotes de jacaré do Pantanal consomem principalmente insetos.
Conforme vão crescendo, começam a consumir mais crustáceos e moluscos e finalmente acabam alimentando-se de vertebrados.
E é daí que vem o nosso medo, não é mesmo? Ninguém quer fazer parte da alimentação do jacaré.
O que mais assusta diante da presença de um jacaré-do-Pantanal é o tamanho de sua boca.
Pois ela é suficientemente grande para seus tantos dentes – entre 70 e 80 dentes -, que conseguem prender a vítima e, às vezes, as engolirem inteiras.
O poder de trituração da mandíbula do jacaré-do-Pantanal faz o resto do trabalho.
Inclusive, o fato de o seu esôfago ser capaz de se dilatar três vezes o seu tamanho natural possibilita a passagem de itens alimentares grandes.
Além dos dentes, o animal mostra sua grandiosidade em seu tamanho, medindo cerca de 2 a 3 metros de comprimento, aproximadamente.
Jacaré nasceu para viver no Pantanal
O jacaré-do-Pantanal domina muito bem o seu habitat.
Apesar de suas patas curtas e cauda longa, o jacaré-do-Pantanal não é nada lento, como podemos pensar em razão do seu tamanho.
Mas, por águas, o jacaré-do-Pantanal adquire uma velocidade impressionante e torna-se um exímio nadador, sendo altamente mortal. Por isso, adaptam-se melhor aos pântanos.
O jacaré-do-Pantanal oferece grande importância no controle ecológico de outras espécies da região, fazendo instintivamente a seleção natural ao alimentarem-se de indivíduos fracos ou velhos.
Em 2017, Mato Grosso do Sul ganhou o 1º frigorífico legal de jacaré, para pegar ovos, criar e vender a carne.
Este abatedouro, localizado na área do Pantanal, em uma fazenda de 154 hectares às margens da BR-262, a 30 km de Corumbá (MS), tem autorização governamental do Ibama para funcionar.
A população de jacarés-do-Pantanal hoje está em equilíbrio.
Pois uma eficiente campanha de preservação a salvou da extinção.
Como sempre, temos medo e nos impressionamos quando eles aparecem na cidade.
Mas quem precisa de reeducação ambiental somos nós.
Enfim, conta aí se já esteve com essa majestade!
A gente se vê nas trilhas.
Tchauu!
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