Caiman crocodilus yacare
By Danilo Gama Martins - Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49166020
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A majestade, o jacaré-do-Pantanal

Olááá, Mateiro! Hoje vamos exaltar nossa majestade, o Jacaré-do-Pantanal.

Pra começar, no Pantanal sul-mato-grossense é bem comum temos notícias sobre esse “mascote”.

Volta e meia surgem histórias como “Morador encontra jacaré em quintal e coloca coleira para esperar PMA”, Jacaré do Pantanal é flagrado passeando pelas ruas de município em MS”, Jacaré vira atração em pista de caminhada em município de MS” e Jacaré sai da Lagoa Itatiaia, passeia por bairro e assusta moradores”.

Em outras palavras, ninguém duvida que o jacaré é uma das espécies mais emblemáticas do Pantanal.

Assim, ele é bastante observado com curiosidade por moradores e procurado por turistas empolgados por um clique.

Não à toa, é comum surgirem vídeos de jacaré pelas redes sociais.

Caiman crocodilus yacare
By Danilo Gama Martins – Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49166020

Parece redundante falar onde o jacaré do Pantanal vive.

Pois ele, claro, tem seu habitat no Brasil, (nas bordas da Bacia Amazônica e do rio Paraguai – Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

Mas ele também vive na Argentina, na Bolívia e no Paraguai.

Dessa forma, ele está sempre em ambientes essencialmente aquáticos.

Assim, o jacaré-do-Pantanal vê em nossa região a diversidade de ambientes que ele precisa.

Tais como baías (lagoas de água doce), salinas (lagoas de água salobra), corixos, rios e brejos.

E forma-se a família Alligatoridae, o Caiman crocodilus yacare

Predominantemente no fim da estação seca do Pantanal (de julho a outubro), o período de reprodução do jacaré do Pantanal acontece, quando o nível o nível da água está baixo e as temperaturas altas, ocorrendo as primeiras chuvas, que sinalizam às fêmeas a fazerem as posturas dos ovos.

A fêmea põe, em média, de 20 a 30 ovos, que se desenvolvem ao calor do sol e da vegetação, que geralmente compõe o ninho, quase sempre perto de fontes de água.

Assim, a reprodução se dá no período de cheias no Pantanal (entre janeiro e março).

Os filhotes de jacaré do Pantanal consomem principalmente insetos.

Conforme vão crescendo, começam a consumir mais crustáceos e moluscos e finalmente acabam alimentando-se de vertebrados.

E é daí que vem o nosso medo, não é mesmo? Ninguém quer fazer parte da alimentação do jacaré.

Jacaré do Pantanal

O que mais assusta diante da presença de um jacaré-do-Pantanal é o tamanho de sua boca.

Pois ela é suficientemente grande para seus tantos dentes – entre 70 e 80 dentes -, que conseguem prender a vítima e, às vezes, as engolirem inteiras.

O poder de trituração da mandíbula do jacaré-do-Pantanal faz o resto do trabalho.

Inclusive, o fato de o seu esôfago ser capaz de se dilatar três vezes o seu tamanho natural possibilita a passagem de itens alimentares grandes.

Além dos dentes, o animal mostra sua grandiosidade em seu tamanho, medindo cerca de 2 a 3 metros de comprimento, aproximadamente.

Jacaré nasceu para viver no Pantanal

O jacaré-do-Pantanal domina muito bem o seu habitat.

Apesar de suas patas curtas e cauda longa, o jacaré-do-Pantanal não é nada lento, como podemos pensar em razão do seu tamanho.

Mas, por águas, o jacaré-do-Pantanal adquire uma velocidade impressionante e torna-se um exímio nadador, sendo altamente mortal. Por isso, adaptam-se melhor aos pântanos.

Jacaré do Pantanal
By Danilo Gama Martins – Own work, CC BY-SA 4.0, Link

O jacaré-do-Pantanal oferece grande importância no controle ecológico de outras espécies da região, fazendo instintivamente a seleção natural ao alimentarem-se de indivíduos fracos ou velhos.

Em 2017, Mato Grosso do Sul ganhou o 1º frigorífico legal de jacaré, para pegar ovos, criar e vender a carne.

Este abatedouro, localizado na área do Pantanal, em uma fazenda de 154 hectares às margens da BR-262, a 30 km de Corumbá (MS), tem autorização governamental do Ibama para funcionar.

A população de jacarés-do-Pantanal hoje está em equilíbrio.

Pois uma eficiente campanha de preservação a salvou da extinção.

Como sempre, temos medo e nos impressionamos quando eles aparecem na cidade.

Mas quem precisa de reeducação ambiental somos nós.

Enfim, conta aí se já esteve com essa majestade!

A gente se vê nas trilhas.

Tchauu!

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