Pesca é fachada para turismo sexual em MS
Não é novidade que a pesca disfarça o turismo sexual em Mato Grosso do Sul.
Principalmente na região de Corumbá e de Porto Murtinho.
Pois são lugares paradisíacos da nossa região e onde a prática do turismo sexual ainda acontece.
Isso porque a rota atrai pescadores e turistas que procuram por tranquilidade, aliando o descanso com natureza e prazer.
Então, Mateiro, o papo é sobre essa prática ilegal e recomendado apenas para maiores de idade.
Turismo da pesca no Pantanal
Inicialmente, o turismo da pesca no Pantanal é o principal atrativo turístico da região.
Mas, paralelo a isso, o turismo sexual encontra-se em atividade.
Dessa forma, o guia turístico agencia encontros, por hora ou por noite.
Ele contrata um piloteiro para transportar a mulher até o barco e, depois do encontro, trazê-la de volta à cidade.
Apesar de haver clientes daqui, os pacotes geralmente são voltados aos turistas de outras localidades.
Principalmente turistas vindos das regiões Sudeste e Sul do país.
Geralmente, esses turistas são de meia idade, casados e com a vida financeira estabilizada.
Assim, é normal que grandes empresários fechem pacotes para a semana inteira de pesca no Pantanal.
Ao longo dos dias, os pares são trocados, e as mulheres se relacionam com os turistas sem distinção ou exclusividade.
Nesse sentido, o turismo acontece em barcos-hotéis que possuem capacidade para acomodar mais de 50 pessoas.
Além disso, existem os “ranchos”, acampamentos de pesca montados ao longo dos rios.
Ali, os pescadores ficam de uma a duas semanas com as prostitutas nos acampamentos.
Dessa maneira, os pacotes turísticos voltados à prática da pesca no Pantanal proporciona experiência em hotéis luxuosos e longe de olhares curiosos.
Porém, por ser uma prática ilegal, o turismo sexual não é disseminado abertamente.
Então, as atividades e negociações ocorrem de forma discreta.
Sendo assim, um segmento turístico oculto.
Turismo sexual e a economia local
Apesar de ser pouco divulgada, a prática envolve profissionais dos setores secundário e terciário.
Por exemplo, agenciadores, boates, bares, restaurantes, hotéis, supermercados, postos de combustíveis, agentes turísticos, cozinheiros e faxineiros.
Assim como pescadores profissionais, empresários de produtos e aparatos de pesca, piloteiros e prestadores de serviços diversos.
Ou seja, por meio do turismo sexual é formada uma rede de relações socioeconômicas de grande proporção para o desenvolvimento local.
Porém, é importante lembrar o que está por trás do desenvolvimento do turismo sexual.
Ele se relaciona à baixa escolaridade, ao desemprego e, principalmente, à exclusão social.
Por isso, ele permite que mulheres em dificuldade empregatícia e financeira aumentem sua renda.
Mas a sua presença traz consequências!
Resumindo, ele reforça a introdução dessas mulheres no segmento sexual mercantilizado.
Dessa forma, ele ocasiona implicações de gênero.
Bem como a exploração por agenciadores, aliada à falta de estrutura e de planejamento do setor.
Além de a região ficar taxada como foco apenas para o turismo sexual.
Bom, a ligação entre pesca e prostituição é antiga.
Assim, o importante é pensar, sem moralismo, em como esse tipo de turismo afeta a região.
Mas, principalmente, a vida dessas mulheres.
Você tem alguma opinião sobre o assunto, Mateiro?
Conta pra gente nos comentários!
A gente se vê.
Tchaau.
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