O que ninguém te contou sobre as cavernas de Mato Grosso do Sul - Aquele Mato

O que ninguém te contou sobre as cavernas de Mato Grosso do Sul


À primeira vista, as cavernas de Mato Grosso do Sul não chamam tanto nossa atenção quanto as águas cristalinas, né?

Inclusive, é pelas flutuações nos rios que nossos municípios são mais conhecidos.

Porém, pesquisas mostram que isso pode mudar.

Por isso, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mantém uma ampla base de dados.

Isto é, eles têm a localização de cavernas no território nacional atualizada, desde 2006.

Assim, essas informações são usadas como referência para orientação ambiental de atividades.

Pois elas podem impactar as cavidades naturais brasileiras como patrimônio.

Por causa disso, a Coordenação de Zoneamento Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) disponibiliza dados dos Biomas brasileiros.

Dessa maneira, eles estão categorizados em 6 unidades:

  • Amazônia
  • Caatinga
  • Cerrado
  • Mata Atlântica
  • Pantanal
  • Pampa
distribuição de cavernas por bioma brasileiro

Dessa forma, podemos tirar algumas conclusões.

Por exemplo, você pode perceber que 9.177 (50%) cavernas conhecidas no Brasil estão no Bioma Cerrado.

Nesse sentido, descobrimos que o Pampa e o Pantanal têm menos de 1% delas.

Respectivamente são 59 e 16.

Enfim, o estudo completo traz dados sobre 18.358 cavernas brasileiras.

De fato, elas estão registradas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (Canie) até dezembro de 2018.

Todavia, entre as Unidades da Federação, Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de cavernas conhecidas.

Lá tem 7.622 cavernas.

Depois vem o Pará, com 2.630.

Em seguida está a Bahia, com 1.367.

Depois vem o Rio Grande do Norte, com 1.047 cavernas.

Ao mesmo tempo, as informações estão divididas em bacias hidrográficas, biomas, solos e unidades de conservação.

Além disso, tem a proximidade das cavernas com rodovias, ferrovias, assentamentos rurais, mineração, petróleo, usinas hidrelétricas e linhas de transmissão.

Inclusive, um dado importante é que 65% delas estão fora de unidades de conservação (UCs).

Cavernas de Mato Grosso do Sul

Agora, bora ver onde estão algumas cavernas de Mato Grosso do Sul!

Além de referência para banhistas, lugares como Bonito, Bodoquena e Jardim também se exibem debaixo da terra.

Atualmente, 112 cavernas na Serra da Bodoquena já estão cadastradas na Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE).

Passeio em Bonito pela Gruta São Mateus

Contudo, estimativas informais revelam que esse número ultrapassa as 300 cavidades.

Isso apenas pelo Parque Nacional da Serra da Bodoquena, que possui 76,4 mil hectares.

O parque tem muitas montanhas de rochas calcárias, campos alagados e cerrados.

Ele contempla os municípios de Bonito, Jardim e Bodoquena.

Pra começar, a cidade de Bodoquena tem 14 grutas listadas no Cadastro Nacional de Cavernas (CNC – Brasil).

Sendo a Gruta Dente de Cão, localizada no Canaã, a segunda maior do estado, e Gruta do Clarão, a menor.

Uma das mais procuradas na região de Bodoquena é a Gruta do Urubu-Rei.

Isso porque ela tem uma trilha íngreme.

Essa gruta está localizada na região do Distrito de Morraria Sul.

Claro que a gruta tem esse nome pela grande concentração dessas aves.

Em segundo lugar está Bonito.

Ali, o Abismo Anhumas destaca-se como um dos maiores polos de ecoturismo da América do Sul.

Definitivamente, olhando de cima, você não consegue imaginar a imensidão desta caverna.

abismo anhumas, Bonito, Mato Grosso do Sul

Além dessas, outras cavernas que se destacam são a Gruta de São Miguel e a clássica Gruta do Lago Azul.

Certamente, um cartão-postal do município sul-mato-grossense, conhecida por seu lago interior de 90 metros de profundidade.

Dessa forma, grande parte dessas belezas de MS localiza-se na região norte do Estado, conhecida como Rota Norte.

Uma vez que ficou curioso, você pode buscar pelas cavernas de Mato Grosso do Sul no site da ICMBio.

Inclusive, algumas das grutas citadas estão em estudo para fim de visitação.

Mas, até o momento, algumas não têm autorização para atividades turísticas.

Por que cuidar das cavernas?

Pra começar, são tantos estudos e cuidados com as cavernas porque não faltam motivos para protegê-las.

Dessa forma, elas auxiliam na manutenção de aquíferos, importantes para o abastecimento de uma região.

Além de vários exemplares da fauna e flora viverem ali.

Sendo assim, ali é o único local da sobrevivência deles.

Simultaneamente, elas protegem minerais raros ou formações geológicas extraordinárias.

Algumas cavernas são usadas para a prática de esportes de aventura e passeios.

Assim, elas são uma excelente opção para o ecoturismo.

É provável ainda encontrar fósseis de seres vivos que existiram há muito tempo e até mesmo de atividades humanas.

Inclusive, pega essa dica do Mato!

Alcinópolis é um lugar incrível em MS.

O local é cheio de cavernas e abrigos rochosos em que você encontra muitas representações artísticas.

Por isso, é um dos lugares chamados de sítios paleontológicos e arqueológicos.

Ali, você pode observar estruturas que guardam informações de como era o ambiente antigamente.

Assim como perceber seu clima e atividades de seres vivos em tempos passados.

Logo, as artes ali ainda podem ser cultuadas pela sua beleza, lendas, mitos ou significado religioso.

Inegavelmente, é puro encanto.

Acho que está fácil ver os benefícios de cuidarmos de toda essa beleza natural, né?

Surpreendentemente, ainda há muito para conhecer e descobrir.

Agora, só tem uma coisa a pensar:

A gente precisa preservar!

Principalmente tudo que está aqui, tão pertinho da gente.

Agora fala aí!

Você já conhece todos esses lugares incríveis?

Está curioso pra visitar algum?

Então, conta sua experiência nos comentários!

A gente se vê nas trilhas!

Tchauu!


Anuário estatístico do patrimônio espeleológico brasileiro


APOIE AQUELE MATO

Se quiser continuar acompanhando nosso conteúdo e nos ver florescer, colabore com o nosso trabalho PicPay ou pelo Apoia-se.

Os recursos são usados para a manutenção do blog e para manter o acesso gratuito a todos.

Compartilhe

por

Publicado

em

,

Comentários

Deixe um comentário