Chamamé, dança de Mato Grosso do Sul - Aquele Mato

Chamamé, dança de Mato Grosso do Sul


E aí, Mateiro, bora descobrir como é a dança chamamé?

Antes de tudo, é bom ressaltar que ela é uma dança de Mato Grosso do Sul.

Inclusive sendo reconhecido em diversos momentos da sua identidade.

Isso porque ele é Patrimônio Cultural Imaterial de Mato Grosso do Sul, desde 2017.

Depois, a capital Campo Grande se torna oficialmente a Capital Nacional do Chamamé, título que ganhou após sanção presidencial ao Projeto de Lei nº 4.528, de 2019.

Da mesma forma, Rio Brilhante é outro município de MS que se destaca por manter viva a cultura da dança, tornando-se então a “Capital Estadual do Chamamé”.

Inclusive, o Instituto Cultural Chamamé MS, da Cidade Morena, trabalha visando a preservação do chamamé.

Portanto, já começamos com vários motivos pra querer conhecer melhor esta tradição!

Bora!

Chamamé, dança de Mato Grosso do Sul - Aquele Mato
Lúcio Yanel representando a Brasil en la Fiesta Nacional del Chamamé 2016.
By EugeniaCoriaSuligoyOwn work, CC BY-SA 4.0, Link

Qual é a origem do chamamé?

A princípio, o estilo musical tem origem na tribo indígena Kaiguá, localizada na região fronteiriça entre o Brasil e a Argentina, na província de Corrientes.

Porém, ela também era conhecida como “Polkakirei”, uma polquinha tocada e dançada rapidamente. 

Dessa forma, tem gente que defende que o nome do estilo deveria ser polca correntina.

Porém, a origem do chamamé pode ser um pouco controversa.

Pois alguns historiadores defendem que a origem seja paraguaia.

Ou seja, seria um novo ritmo vindo da mistura entre polca paraguaia e guarânia, outro estilo musical da região.

Infelizmente, não existe um registro etimológico para provar a origem.

Portanto, temos algumas possíveis criações para o termo.

O mais próximo que etimólogos concluíram é que a palavra vem do guarani e significa improvisação.

 Na Argentina, a palavra ganha o significado de “senhora, ama-me”.

Por outro lado, no Brasil ela significa “chama-me para bailar”.

Seja como for, vários estados brasileiros têm o ritmo em suas culturas, como Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Em Mato Grosso do Sul, tem como 19 de setembro o “Dia Estadual do Chamamé”, por meio da lei nº 3.837, de 23 de dezembro de 20009.

Assim, o estado dedica esse dia para comemorar.

Inclusive, uma parceria com o governo do Estado, o Instituto Cultural Chamamé MS, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, promoveu o 1º Festival Internacional de Chamamé do Estado, Integração Brasil – Argentina – Paraguai, em 2017.

Dessa maneira, o evento se repete, agregando importantes nomes do chamamé da Argentina e do Paraguai, países convidados que enviam músicos, dançarinos e estudiosos do estilo.

Visibilidade em MS

Agora, precisamos ser sinceros, tudo começou bem antes de tantas conquistas!

Nas décadas de 1960 e 1970, artistas regionais tiveram visibilidade no estilo.

Nesta época, Zé Corrêa – que era considerado o Rei do Chamamé -, as duplas Délio e Delinha, Beth e Betinha, assim como o cantor Castelo eram nomes referência da música sul-mato-grossense.

Inclusive, influenciando os mais recentes Marcelo Loureiro e Vinicius Teló, por exemplo.

Qual a vestimenta do chamamé?

Para falar das vestimentas do chamamé, precisamos separar os trajes de homens e mulheres.

Assim, as roupas para homens são bombachas, cinto, chapéu, camisa e alpargatas.

Por outro lado, as mulheres vestem polheras (saias), blusas e alpargatas.

Tudo em cores primárias.

Além das roupas, a música também  tem seus instrumentos tradicionais.

Assim, os primeiros chamamés eram tocados apenas com violão.

Apenas no início do século 20 vieram o bandaleon e o acordeão ou gaita.

Atualmente, a música inclui acordeon, violões, percussão, harpas, contrabaixo e até guitarras elétricas.

Frequentemente, Mato Grosso do Sul, vivencia o chamamé.

Tanto em churrascos, festas populares e bailes quanto ao lado de outros ritmos da cultura local.

Tais como polca paraguaia, guarânias, vanerão gaúcho e o rasqueado sul-mato-grossense.

Por isso, temos muito orgulho de mais essa parte da nossa cultura.

Agora conta aí pra gente nos comentários se já conhecia ou qual o seu chamamé preferido!

A gente se vê nas trilhas.

Tchauu!

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