Parte da fauna sul-mato-grossense, a curicaca (Theristicus caudatus) é uma ave da Família Threskiornithidae e da ordem Pelecaniformes, muito comum no Cerrado e no Pantanal.
Pra começar, a curicaca é a ave que acorda o Pantanal!
Seu nome popular é onomatopeico.
Pois é semelhante ao som do seu canto, sonoro e potente, composto de gritos fortes: “Curicak! Curicak!”, que a brinda com a fama de despertador do Pantanal, local cujos campos são o habitat ideal para as aves desta espécie.

A curicaca, que divide a potência vocal e musical com a siriema, também é conhecida como carucaca, curicaca-comum, curicaca-branca e curicaca-de-pescoço-branco e buff-necked Ibis, no nome em inglês.
Em princípio, não existe uma espécie similar a ela.
Inclusive, essa é uma ave bem difícil de se confundir.
Pois é grande, de cabeça e pescoço pardos, com coloração clara, asas largas, bico longo e curvo, apresentando uma máscara preta ao redor dos olhos, que são vermelhos.
A curicaca alimenta-se durante o dia e no pôr-do-sol e usa seu bico curvado, adaptado para extrair larvas da terra, na captura de gafanhotos, lagartixas, centopeias, ratos, caramujos, larvas, insetos, serpentes e pequenas rãs e lagartos.
Curicaca é ave única, mas que vive em bando
Uma vez que é um animal sociável, a curicaca chama atenção quando se reúne com outras para dormir ou quando se desloca em bando para lugares distantes para comer.

Porém, raramente frequenta áreas alagadas e sempre forma bandos barulhentos, que podem pernoitar em palmeiras perto de sede das fazendas, com as araras-azuis.
Com o costume de reproduzir-se em colônias, a curicaca constrói seus ninhos sobre rochas e árvores semeadas nos campos.
A incubação da curicaca dura de 20 a 25 dias e a mãe põe cerca de cinco ovos. O casal reveza-se para cuidar dos filhotes, fazendo a alimentação por regurgitação.
O macho geralmente é um pouco maior que a fêmea, atingindo 69 cm de comprimento e cerca de 143 cm de envergadura.
No Buraco das Araras já foram registrados ninhos da ave dentro da dolina, feitos com gravetos e folhas, nos degraus rochosos do paredão.
Mas também é possível encontrá-la cantando nos quintais das cidades de Mato Grosso do Sul.
E, aí, passarinho, que som é esse?
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