Foi lançado por eles um programa para ajudar agricultores brasileiros que se comprometerem a evitar o desmatamento do cerrado e a usar terras de pastagens degradadas.
O programa de financiamento para commodities sustentáveis, batizado de Responsible Commodities Facility, vai disponibilizar linhas de crédito para produtores de milho e de soja do Brasil que se encaixarem nas normas de sustentabilidade que foram decididas.
Essa linha de crédito tem o objetivo de proteger ou recuperar 1,5 milhão de hectares de habitat natural no Cerrado, visando uma redução nas emissões de dióxido de carbono estimada em 250 milhões de toneladas.
O programa será administrado pela empresa de finanças ambientais Sustainable Investment Management (SIM), criada por especialistas das áreas bancária, de negociação de commodities e de financiamento a iniciativas ambientais.
É essa empresa a organizadora do lançamento dos bônus verdes ao longo dos próximos quatro anos, estimando que o programa resultará na produção de cerca de 180 milhões de toneladas de soja e milho “responsável”, no valor de US$ 43 bilhões, nos primeiros dez anos.
A primeira emissão de bônus, no valor de US$ 300 milhões, está planejada para a temporada de plantio de 2020.
A gente sabe que o desmatamento das terras provoca a perda de habitats naturais e de biodiversidade e resulta em emissões de gases causadores do efeito estufa.
Portanto essa é uma excelente oportunidade de evitar esses desastres.
Desmatamento e a demanda por soja é cada vez maior
O aumento da demanda por soja poderia resultar na conversão para o plantio do grão de mais de 6 milhões de hectares do Cerrado brasileiro nos próximos dez anos.
Com isso em mente, agricultores, tradings de commodities e empresas de alimentos começam a procurar formas de evitar o desmatamento do Cerrado sem impossibilitar os agricultores de renda potencial.
O GreenPeace Brasil e outras organizações ambientalistas que trabalham para encontrar uma medida imediata para evitar o desmatamento do Cerrado se juntaram em um projeto que se chama Manifesto do Cerrado, buscando eliminar o desmatamento e desvincular suas cadeias produtivas de áreas naturais recentemente convertidas em pasto ou plantações de soja.
Apesar de iniciativas brasileiras para zerar a perda de vegetação nativa, o apoio do país britânico é muito bem-vindo, pois ele se comprometeu a reduzir as emissões de gases em 43% até 2030, e quase 90% dessa redução deverá vir da queda do desmatamento, embora os mecanismos de financiamento existentes não sejam suficientes para ajudar no cumprimento dessa meta, de acordo com a SIM.
Compartilhe aí! É importante mostrar gratidão e incentivo para mais ações como essa, né?