Tem dinossauro em Nioaque?
Fala aí, Mateiro! Você já viu dinossauro em Nioaque?
Bom, a fama é real e rendeu à cidade o Vale dos Dinossauros.
Mas bora conhecer um pouco da cidade pra entender melhor essa história!
Conheça Nioaque, em Mato Grosso do Sul
Pra começar, Nioaque fica a 180 km de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e está localizada na região sudeste do estado.
Assim, o pequeno município do interior alcança quase 15 mil habitantes.
Inclusive, ela é uma das cidades mais antigas do estado, com 172 anos, em 2020.
Além disso, a cidade agrega 10 assentamentos e quatro aldeias indígenas.
Como resultado duas invasões que passou durante a Guerra do Paraguai, Nioaque tornou-se um dos principais patrimônios culturais do estado atualmente.
Segundo populares, o município teria hospedado pessoas importantes no cenário da guerra.
Por isso, na praça central estão recordações da época.
Tais como um canhão e o Monumento dos Heróis da Retirada da Laguna, para simbolizar a história ali vivida
Isso porque é importante reverenciar a bravura dos que lutaram pelo país.
Curiosidades sobre Nioaque
Surpreendentemente, a pequena cidade traz mais curiosidades.
Por exemplo, seu nome.
Segundo consta, o nome Nioaque deriva da palavra tupi-guarani Anhuac, que significa “clavícula quebrada”, em português.
Antes, esse era também o nome do rio que banha a cidade, hoje conhecido como Nioaque.
Antigamente sua grafia era “Nioac”.
Com o tempo, isso mudou.
Atualmente, a cidade é apelidada de “Cidade das vogais”.
Pois ela leva em seu nome todas as vogais.
Outra curiosa peripécia na região é a escultura de dinossauros localizada logo na entrada da cidade.
Portanto, a cidade é conhecida como Vale dos Dinossauros, em razão das espécies que antes habitavam o lugar.
Inclusive, a escultura é do artista plástico João Xavier, fica no trevo de entrada de Nioaque e desperta o interesse de quem chega à cidade pela BR-160.
Por fim, o maior dinossauro da escultura é uma fêmea com cerca de 3 metros de altura e 2,5 toneladas.
Ela é uma réplica de um abelissauro, o mesmo que pode ter deixado fósseis à beira do rio Nioaque há cerca de 140 milhões de anos.
Junto a ela estão os seus filhotes, saindo dos ovos embaixo de um ipê-rosa.
Desvendando o Vale dos Dinossauros
Em princípio, a escultura de dinossauros que dá as boas-vindas a quem chega já revela um lugar, no mínimo, curioso.
Pois existem pegadas supostamente deixadas em Nioaque, por dinossauros há cerca de 140 milhões de anos.
Esse fato é o que fez o extinto animal se tornar símbolo local.
Inclusive, o município já é considerado por estudiosos como o segundo maior vale dos répteis pré-históricos da América Latina.
Já que fica atrás apenas da cidade de Souza, na Paraíba.
Ao percorrer o rio Nioaque, estudiosos observaram as formações rochosas e as pegadas encontradas para conhecer mais sobre os animais que habitaram o lugar no passado.
Além da descoberta de outros sítios arqueológicos, eles comprovaram que o município pertenceu ao maior deserto que já existiu na Terra.
Isso mesmo, o deserto Botucatu.
Assim, todos esses vestígios históricos despertam o interesse do poder público para a indispensável preservação da área.
Por isso, a cidade é roteiro do Geopark Bodoquena/Pantanal.
Ou seja, um um projeto de desenvolvimento sustentável.
Mesmo não concluída, a instalação já dispõe de atividades de cunho educacional, envolvendo principalmente a escolas de Nioaque.
Logo, o Geopark Bodoquena/Pantanal será um lugar de recepção aos turistas e pessoas da cidade.
Além de contar com um museu com a temática dos dinossauros e ciências da terra.
Mas quem são os dinossauros de Nioaque?
Inicialmente, as pesquisas indicaram que as pegadas de dinossauros teriam sido deixadas no período Cretáceo.
Assim, é provável que sejam de dinossauros bípedes de postura ereta, como os ornitópodes.
Porém, também existe a possibilidade de se tratarem de rastros de terópodes.
Cujo exemplar popularmente conhecido é o tiranossauro.
Dessa forma, o local foi descrito pela primeira vez no final da década de 1980, pelo professor Gilson Martins, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Em outubro de 2010, Martins e outros três pesquisadores publicaram em revista científica um artigo listando os fósseis e afloramentos conhecidos no Estado.
Entre esses está o sítio paleontológico que fica a 2,7 quilômetros à beira da ponte sobre o rio Nioaque.
Depois, mais rastros foram encontrados.
Inclusive, até cientistas europeus visitaram o local e confirmaram a importância da descoberta.
Como resultado, vemos que estudos mais aprofundados são necessários para chegarmos a uma conclusão mais acertada.
Pois, além de ajudar a contar a história do planeta, a questão abre possibilidades para o turismo científico.
Assim sendo, essa história ainda pode desenvolver a economia local.
Por consequência, vai ajudar na popularização da ciência, de maneira geral.
De fato, seria bem legal, né?!
A propósito, me conta aí!
Você já conheceu o Vale dos Dinossauros, em Nioaque?!
Comenta aí o que achou.
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A gente se vê nas trilhas!
Tchaau!
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