Complexo do Pantanal: Reino das águas e suas regiões - Aquele Mato

Complexo do Pantanal: Reino das águas e suas regiões


Mesmo sendo a maior planície alagável do mundo, já descobrimos que nem o brasileiro nem o morador de Mato Grosso do Sul conhece o Complexo do Pantanal.

Muito menos suas microrregiões.

Então bora conhecer todas elas, Mateiro!

Inclusive, pasmem, existem 11 pantanais!

O nome Complexo do Pantanal vem em razão de ter mais de um Pantanal dentro de si.

Além de se dividir em duas regiões:

1 – Pantanal Sul ou Pantanal Maior (em Mato Grosso do Sul):

Por ter a maior área, com 65% do seu território, tem como principais cidades Aquidauana, Corumbá, Miranda e Porto Murtinho;

2 – Pantanal Norte ou Pantanal Amazônico (em Mato Grosso):

Por se localizar na Amazônia Legal, ele abrange as cidades de Barão de Melgaço, Cáceres e Poconé.

Além de englobar o norte do Paraguai e o leste da Bolívia, em que é conhecido como chaco boliviano.

Assim, o Complexo do Pantanal é um bioma formado principalmente por uma savana, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão e altitude média de 100 metros.

Agora, vamos para as sub-regiões do Pantanal!

Complexo do Pantanal

Conheça o Complexo do Pantanal:

Inicialmente, esta região é a que faz limite com o Pantanal de Poconé.

Tipicamente com vegetação de cerrado e campos, ela abrange ainda manchas de matas.

Além disso, possui solos argilosos e arenosos e, na parte sul, predominam os campos inundáveis.

Localiza-se entre os rios Paraguai e Cuiabá.

Assim, sua vegetação possui grandes charcos, campos, savanas e florestas.

Ainda nessa região está localizado o Maciço de Cuiabá-Cáceres, área voltada para a exploração de ouro.

Dessa forma, a Transpantaneira é a única via de acesso rodoviário a essa região.

O Pantanal do Paraguai está entre a Serra do Amolar e o Maciço do Urucum.

Por lá, são vistos elementos da flora amazônica, como a vitória-régia e o cambará.

Do mesmo modo, a Estrada Parque Pantanal, importante via turística, localiza-se nessa região.

Entre os rios Cuiabá e Itiquira, aqui predominam as savanas (cerrado e cerradão) sobre campos limpos e sujos.

Assim, os campos ocorrem sobre solos argilosos e arenosos, formando imensos retalhos na região.

Então, com área de 18 503 km², tem como vizinha a Chapada dos Guimarães.

Com toda a certeza, uma das regiões que têm as cheias mais intensas.

Assim, o Pantanal do Paiaguás está localizado entre os rios São Lourenço, Taquari e Itiquira.

Inegavelmente, um dos maiores da área pantaneira.

Assim, o Pantanal da Nhecolândia destaca-se por sua imensa diversidade.

Como resultado, apresenta diversos tipos de lagos e solos essencialmente arenosos.

Inclusive, está situado dentro do município de Corumbá, com uma parte em Rio Verde de Mato Grosso.

Pra começar, esse pantanal faz limite com o Pantanal da Nhecolândia, a cidade de Aquidauana, a Serra de Aquidauana e os pantanais de Abobral e Miranda.

Por certo, o Pantanal de Aquidauana tem formação calcária e ajuda com imensa quantidade de carbonato de cálcio dissolvido nas águas.

Enfim, isso resulta em lagoas com moluscos de cascas bem sólidas.

Por fim, seus principais pontos de referência são as Serras de Piraputanga e Maracaju.

Nos campos limpos de Miranda (MS), o Pantanal exibe excelentes espécies forrageiras e menos agradáveis na pastagens.

Assim, o Pantanal de Miranda se encontra nos limites do Pantanal de Abobral, da cidade de Porto Murtinho, do Pantanal de Aquidauana, da Serra de Bodoquena e do Pantanal de Nabileque.

Sob a jurisdição de Corumbá, o Pantanal de Nabileque pode ser considerado uma extensão do cacho paraguaio-boliviano.

O Pantanal de Nabileque está localizado entre a Serra da Bodoquena e o rio Paraguai, incluindo a bacia do rio Nabileque.

Com certeza, é um dos primeiros pantanais na fatalidade das inundações, em consequência do seu solo argiloso, de drenagem lenta e pouco permeável.

No decorrer do rio Paraguai, está localizado o Pantanal de Porto Murtinho, tendo como limites os rios Aquidauana e Apa.

Essa área retrata o extremo meridional do Pantanal sul-mato-grossense, em que as inundações se prolongam por um período de quatro a seis meses, no período de supercheias que ameaçam o Pantanal.

Assim, o Pantanal de Porto Murtinho é tido como o que apresenta a maior área devastada em razão da pecuária.

Finalmente, o Pantanal de Abobral, que faz limite com os pantanais da Nhecolândia, de Miranda, de Nabileque, de Aquidauana e com o rio Paraguai.

O Pantanal de Abobral é um dos mais baixos e, por isso, o primeiro a encher com a chegada das chuvas, em outubro.

Assim, por lá são encontrados bosques avulsos e campos, dominados ora por capim-mimoso (Axonomus purpusii), ora por capim-mimoso-de-talo (Hermarthria altissima).

Todas essas microrregiões fazem parte do imenso Complexo do Pantanal.

Será que assim conseguimos ter noção do tamanho do nosso Pantanal?

Surpreendentemente ainda tem muita coisa pra gente descobrir por aqui, né?! 🙂


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