Resgatando a história da 14 de Julho - Aquele Mato

Resgatando a história da 14 de Julho

Estendendo-se do Cemitério Municipal Santo Antônio até a avenida Mascarenhas de Moraes, a rua 14 de Julho tem muita história pra contar.

Em pleno 2019, a rua passa por uma revitalização, mas bastante coisa aconteceu até chegarmos na 14 como a conhecemos hoje.

De onde veio o nome da rua 14 de Julho?

A rua 14 de Julho ganhou esse nome no fim da primeira década de 1900, em homenagem à Revolução Francesa, pois, no dia 14 de julho de 1789, houve a queda da Bastilha, a derrubada da prisão-fortaleza Bastilha, pelo povo de Paris.

Inicialmente, porém, ela era chamada de Beco, porque ali existia um trilheiro deserto, curto e sem saída.

Em 1930, mudou seu nome para Aníbal de Toledo, em homenagem ao presidente eleito do Estado de Mato Grosso.

No entanto, o seu mandato durou apenas nove meses e a rua passou a se chamar João Pessoa, homenageando o candidato à vice-presidência do Brasil que foi assassinado nesse mesmo ano e comoveu o país inteiro.

Em 1941, a rua volta a sua denominação original, que nunca tinha saído da boca do povo.

Área comercial de Campo Grande

Com seus 4,8 quilômetros de extensão, a 14 de Julho é uma das ruas mais largas e retas de mão única da capital de Mato Grosso do Sul e possui mais de 800 estabelecimentos comerciais.

Resgatando a história da 14 de Julho - Aquele Mato

Presente na primeira planta de Campo Grande, em 1905, a 14 de Julho ganhou a liberação do primeiro alvará de comércio em 1911.

Desde então, ficou conhecida pela intensa movimentação de pessoas e pelo grande volume de mercadorias.

Assim, a 14 foi se estabelecendo como a principal rua comercial da cidade e, por várias décadas, se caracterizou como via de acesso à Estação Ferroviária da Noroeste do Brasil.

Na década de 1940, a rua 14 de Julho estava entre as principais vias comerciais de Campo Grande, ao lado da avenida Calógeras, da rua 13 de Maio e da rua Rui Barbosa.

Era na 14 também que se encontravam os pontos tradicionais da cidade, como o Café Néctar, a Farmácia São José ou os bares Bom Jardim, Cinelândia e Bom Gosto, frequentados pela elite local.

Conforme a Federação do Comércio, as lojas da 14 de Julho representam mais de 60% do movimento comercial de Campo Grande, principalmente em datas festivas.

O relógio da 14

No fim dos anos 1920, a rua 14 de julho recebeu seu principal calçamento e, em 23 de agosto de 1933, foi inaugurado o relógio que se tornou ponto de referência da Capital.


Leia também: Os pontos turísticos e as riquezas culturais de Campo Grande


O relógio tem um significado maior do que mostrar as horas, pois no local aconteciam encontros, reuniões e comícios políticos.

Desde a sua instalação, o relógio se transformou em um símbolo do progresso e do processo de urbanização que acontecia em Campo Grande naquele ano.

Ele possuía quatro faces e media cinco metros de altura, mas foi demolido no dia 7 de agosto de 1970.

Em comemoração aos 100 anos de emancipação política da Capital, foi erguida uma réplica do relógio, em 1999, desta vez, entre as avenidas Afonso Pena e Calógeras.

Agora, em 2019, aconteceu uma revitalização da rua 14 de Julho e foi tomada a iniciativa de reconstruir o relógio em sua via original.

A rua 14 de Julho foi o ponto de partida para o engrandecimento da nossa cidade e preservá-la é recuperar a nossa história.

Com certeza, os Mateiros que vivem aqui há mais tempo podem dividir boas histórias também. Compartilhe suas lembranças com a gente nos comentários e vamos reviver essas lembranças.


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