Tatu-Canastra é o maior do mundo e vive aqui
Sabe onde vive o tatu-canastra no Brasil, Mateiro?
Bom, a distribuição geográfica do tatu-canastra (Priodontes maximus) é bem ampla e inclui Mato Grosso do Sul.
Apesar de ser o maior tatu do mundo, podendo chegar a ter 1,5 metro de comprimento e pesar até 60 kg, o tatu-canastra é um dos mamíferos de grande porte menos conhecidos do Brasil.
Isso porque ele é um dos mais raros tatus que existem!
Então, bora conhecer mais sobre ele, que é a maior espécie de tatu conhecida.
Por que não é fácil encontrar um tatu-canastra?
Ao mesmo tempo que o tatu-canastra ocorre em diversos lugares, como a Floresta amazônica, a Mata Atlântica, a Caatinga e savanas, como o Cerrado, não é fácil avistá-lo.
Apesar do seu tamanho, o tatu-canastra dificilmente é observado no seu ambiente natural por causa dos seus hábitos noturnos.
Então, ele passa boa parte do tempo abaixo do solo e, por meio das suas escavações, altera o ambiente físico e cria novos habitats.
Para especialistas, as tocas são ótimas alternativas para os animais na luta contra o aquecimento global, pois a temperatura dentro delas se mantém em 24º C.
Por isso, pesquisadores sugerem que ele seja visto como um “engenheiro do ecossistema”.
Inclusive, você pode identificar de longe uma toca do tatu, pois eles são cavadores bastante poderosos que produzem tocas gigantes.
Elas apresentam aproximadamente 35 cm de diâmetro (40 cm de altura e 32 cm de largura) e uma grande quantidade de areia depositada na frente.
Para escavar dessa forma, o tatu conta com uma garra que mede cerca de 20 cm.
Ou seja, ela é uma importante aliada na escavação das tocas e também na busca por alimentos.
O que o tatu come?
Predominantemente, o tatu-canastra come formigas, besouros e cupins.
Definitivamente, ele é muito esperto.
Pois ele faz a sua casa perto de colônias desses insetos.
Mas ainda pode se alimentar de larvas, vermes, aranhas e cobras.
Para a procura de alimentos, seu olfato é bem apurado.
Mas a audição e a visão são poucos desenvolvidos.
Assim como seus dentes, bem pequeninos, não colaboram muito.
Por isso, eles usam sua língua comprida para apanhar o alimento.
Por usar a escavação para obter comida, ele não é bem-vindo para agricultores.
Ao ser incomodado, ele se deita no chão com a barriga para cima e se defende com as patas anteriores.
Se a ameaça for grande, ele é capaz de se enterrar em poucos minutos.
Aparentemente, os machos são maiores e mais pesados que as fêmeas, que podem gerar até 2 filhotes em uma gestação.
Tatu-canastra é alvo de caça e está ameaçado de extinção
Antigamente, no Brasil, o tatu era muito visado por caçadores em busca da sua carne para alimentação e sua armadura, muito resistente, para fazer utensílios.
Além disso, acredita-se que tatu-canastra atraia olhares de colecionadores, que os matam por suas enormes garras.
Projeto Tatu-Canastra – Foto: Kevin Schafer
Normalmente, o tatu-canastra vive, em média, 15 anos.
Mas está vulnerável à extinção.
Conforme estudiosos, a sua taxa de mortalidade ao ser capturado e transportado também é alta, explicando a sua ausência em zoológicos e a dificuldade em sua preservação.
Além disso, queimadas e atropelamentos em estradas também entram nessa lista.
Infelizmente, muitas coisas contribuem para a redução da população do tatu-canastra.
Baseado nesses fatores, estima-se que 30% da população tenha sido extinta nos últimos 25 anos.
No Pantanal, fazendeiros dizem que o tatu-canastra dá azar e deve ser morto, quando visto.
Ao mesmo tempo, a sua extinção pode trazer a diminuição dos habitats fossoriais, o que afeta negativamente outras espécies que dependem desse ambiente.
Algumas ações para preservar a espécie envolvem proteger o seu habitat, fiscalizar o controle de caça e ampliar pesquisas científicas para subsidiar o manejo e conservação da espécie.
Afinal, temos que proteger essa raridade, né?! <3
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