Além do nosso lendário pôr-do-sol e dos objetos que cruzaram o céu de Mato Grosso do Sul, a beleza lá de cima também acontece por dos vários tipos de nuvens.
Por isso, vamos entender um pouquinho mais sobre elas.
Os tipos de nuvem
Assim como os seres vivos, as nuvens podem ser classificadas em gênero e espécie, com nomes em latim (idioma “universal” usado pela ciência no passado).
O estudo das nuvens faz parte da meteorologia, de modo a permitir a classificação e descrever sua formação.
Esse ramo recebe o nome de nefologia.
Apresentando-se sobre as mais variadas formas e características, as nuvens são classificadas a partir de diferentes tipologias, a depender das condições de temperatura, altitude e forma.
Esses dados nos ajudam a entender melhor alguns fenômenos meteorológicos.
Conforme as diferentes altitudes, as nuvens são classificadas como baixas, médias, altas e nuvens com desenvolvimento vertical.
As nuvens altas têm uma altitude que varia entre 18 e 7 km; as média, entre 7 a 2 km; e as baixas, entre 2 a 0 km.
Algumas nuvens não estão incluídas nessas três categorias, pois têm a sua base na baixa altitude e depois estendem-se para cima até as regiões de média e alta altitude.
Essas características marcam as nuvens de desenvolvimento vertical, que normalmente estão associadas a condições de instabilidade do ar.
Cada camada está definida pelo conjunto dos níveis em que as nuvens de alguns gêneros apresentam-se mais frequentemente, isto é:
- Camada Superior (nuvens altas) : Cirrus, Cirrocumulus e Cirrostratus
- Camada Média (nuvens médias) : Altocumulus
- Camada Inferior (nuvens baixas): Stratocumulus, Stratus e Nimbostratus.
- Desenvolvimento vertical: Cumulonimbus e Cumulus.
Apesar dos nomes aparentemente estranhos, os prefixos de nuvens de mesma altura são semelhantes: as altas, “cirro”; as médias, “alto”; as baixas, “strato” e “nimbo”; e as com desenvolvimento vertical, “cumu”.
O nome Cumulus refere-se a um “monte” de nuvens; Stratus atribui-se a nuvens longas e irregulares, dando ideia de camada; Nimbus refere-se à chuva.
Conclui-se que as nuvens com o nome Nimbus apresentam precipitação apreciável.
As nuvens ainda são classificadas por espécie:
fibratus – fib: possui fibras/filamentos, sem ganchos;


uncinus – unc: em forma de gancho;


spissatus – spi: espesso/condensado, densa (aparece cinza quando visto em direção ao Sol);


castellanus – cas: serrilhada em cima (como torres de castelo, que se elevam de uma base em comum);


floccus – flo: flocos/tufos individuais, bases irregulares;


stratiformis – str: aparência espalhada horizontalmente;


nebulosus – neb: enevoado/nebuloso/opaco, sem estrutura;


volutus – vol: alongada em forma de tubo;


lenticularis – len: forma de lente/disco, estacionária no céu;


fractus – fra: frações/pedaços, bordas e base esfarrapadas;


humilis – hum: próximo ao solo/baixo/pequeno tamanho, pequena extensão vertical (mais larga do que alta);


mediocris – med: tamanho vertical mediano/intermediário;


congestus – con: empilhado/amontoado, grande desenvolvimento vertical e contornos bem definidos;


calvus – cal: topo calvo/liso de nuvens em crescimento vertical;


capillatus – cap: topo cabeludo/com fiapos de nuvens em crescimento vertical; podem aparecer Cirrus perto.


E por variedade: intortus, vertebrates, undulates, radiates, lacunosus, duplicatus, translucidus, perlucidus e opacus.
O Atlas Internacional de Nuvens é uma publicação da Organização Meteorológica Mundial (OMM), com origem no final do século 19 que já teve várias revisões.
Nele, é possível ver todas as características suplementares e inclusão de novas espécies.
Mas, se quiser saber mais sobre as nuvens, deixa nos comentários. Futuramente, podemos desbravar os céus de Mato Grosso do Sul.