Atualmente, os povos indígenas de Mato Grosso do Sul vivem em comunidades que estão em 30 dos 79 municípios do Estado.

Uma vez que a gente sabe da contínua diminuição das reservas indígenas no Brasil, é importante lembrar que proteger a cultura indígena é mergulhar em defesa da história do país.

Por isso, vamos conhecer os povos ancestrais brasileiros que formaram parte da cultura e costumes que hoje existem.

Conforme o IBGE, Mato Grosso do Sul tem a terceira maior população indígena do Brasil, com 80 mil indígenas, atrás apenas de Roraima e Amazonas.

Sendo assim, os povos indígenas de Mato Grosso do Sul são representados por 11 etnias.

Ou seja, os Povos indígenas de Mato Grosso do Sul são:

  • da família linguística arawak
    • Terena
    • Kinikinau
  • da família linguística tupi-guarani;
    • Kaiowá
    • Guarani
  • de língua guaikurú;
    • Kadiwéu
  • tronco macrojê
    • Ofaié (conhecidos como Ofaié-Xavante)
    • Guató
  • de língua zamuco;
    • Chamacoco
    • Ayoreo
  • língua original isolada, que hoje não falam mais;
    • Atikum
    • Camba
Indígenas de Mato Grosso do Sul

Porém, antigamente mais povos viviam por MS e agora moram em outros estados.

Da mesma forma, muitos grupos que vivem aqui também estão presentes em outros lugares, tanto no Brasil quanto em demais países, como Paraguai e Bolívia.

População indígena decresceu e muitos povos foram extintos

Nos tempos de colonização do Brasil, os povos indígenas foram reduzindo-se tanto fisicamente quanto culturalmente.

Desde então, o desafio é sempre o mesmo: a posse dos territórios tradicionais, um dos motivos para o alto índice de pobreza entre os povos e a essência da sua autonomia e sustentabilidade.

Com a modernização das atividades agrárias, trazendo novas máquinas e técnicas, originou-se o que designamos hoje “agronegócio”.

Esse processo trouxe populações do sul do Brasil ligadas à agricultura, especialmente monocultura de soja.

Diante da integração da sociedade, o modo de vida dos indígenas foi transformado.

Assim como a organização social, religiões e economia.

Dessa forma, seus conhecimentos, tecnologias de manejo ambiental, medicina e agricultura acabam dissipados e pouco valorizados sob a visão do agronegócio e de parte da classe política.

Ou seja, existe a equivocada ideia de que a presença indígena é um sinal de atraso e de risco de futuras fragmentações políticas para o país.

Mas o fato é o oposto!

Pois, de maneira geral, os povos indígenas têm uma relação mais próxima, de equilíbrio e respeito com o meio ambiente.

Inclusive, quando se destrói a natureza, esses povos perdem significados que dão sentido à existência deles, como rituais, cosmologia e interpretações espirituais e sobrenaturais.

Povos indígenas no Brasil e a violência

Apesar de o governo do Estado ter alguns programas para os povos indígenas, ainda existe discriminação, intolerância e destruição.

Dessa forma, o clima é de destruição, discriminação e intolerância, resultando em problemas, sendo a violência o principal.

Ainda é alto o número de homicídios e suicídios entre os indígenas, violência sempre acompanhada por discursos discriminatórios e racistas que pretendem “justificá-la”.

Conforme dados de um relatório feito pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), teve aumento de 150% nos casos de violências contra povos indígenas.

Assim sendo, estamos falando de homicídios, discriminação étnico-cultural, racismo, invasão e exploração de território.

Infelizmente, a conquista de um presente e futuro melhores não será fácil.

Com isso em mente, o primeiro passo para combater o preconceito e a violência é a educação.

Ao entendermos o passado de dominação pelo qual povos indígenas passaram, conseguimos conscientizar mais pessoas sobre a luta e os direito indígenas.

Desde 1995, 9 de agosto é o Dia Internacional dos Povos Indígenas, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), dando visibilidades para grupos excluídos e marginalizados.

Apesar dos desafios, as conquistas do povo indígena em Mato Grosso do Sul os levaram a espaços nunca antes pensados.

Nos anos 1990, surgiu aqui a primeira aldeia urbana do Brasil, a Marçal de Souza, e desde então, cada vez mais, cresce a vinda dos indígenas para Campo Grande à procura de emprego e educação.

E vocês têm acompanhado as artes dos indígenas de MS?

Bom sempre lembrar que dar visibilidade a diferentes culturas não vai contra o desenvolvimento.

Muito pelo contrário, só multiplica e diversifica nossa cultura.

Cada povo tem direito a sua memória e a seu futuro, e para que não haja preconceito, é preciso conhecimento.

Então, compartilhe! 🙂


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