A luz nos cupinzeiros de Costa Rica
Sim! Vamos desbravar a bioluminescência dos cupinzeiros ou a luz dos cupinzeiros de Costa Rica.
Mato Grosso do Sul é casa de riquezas naturais mostradas por aqui todos os dias e o assunto hoje é esse fenômeno raro e único.
Bioluminescência – As Luzes dos Chapadões
A Bioluminescência dos Cupinzeiros, conhecida como “As luzes dos Chapadões”, não é nenhum evento fantasmagórico ou assombrado.
Apesar de mágico e espetacular, o fenômeno consiste na irradiação de luzes fosforescentes de cor azul-esverdeada, produzidas por pequenas larvas que se hospedam nos cupinzeiros.
Pesquisadores sugerem que os organismos que emitem essa luz, a utilizam para inúmeras funções, como atração de parceiros para a reprodução, atração de presas ou como forma de defesa a predadores, por exemplo.
Em Costa Rica, Mato Grosso do Sul, o fenômeno de bioluminescência ocorre em razão do depósito de ovos da espécie de vaga-lumes Pyrearinus termitilluminans nos buracos dos cupinzeiros.
Os vaga-lumes produzem um pigmento chamado luciferina (que reage com o oxigênio para criar luz) e uma enzima chamada luciferase (que age como acelerador dessa reação).
Um estudo concluiu que os ovos são depositados no chão, próximos ao solo, e, ao nascer, as larvas passam a ocupar os cupinzeiros.
Segundo as evidências, as larvas maiores ocupam a região mais alta dos cupinzeiros e que os cupinzeiros mais altos também apresentam maior número de larvas.
As larvas não se alimentam dos cupins residentes, mas dos insetos na superfície e, eventualmente, também comem durante o dia.
Parque Nacional das Emas
Este raro fenômeno da bioluminescência dos cupinzeiros acontece no maior parque bioma cerrado do Brasil, do qual Costa Rica faz parte, o Parque Nacional das Emas.
Com área de 133 mil hectares, o Parque Nacional das Emas fica entre os municípios de Mineiros, Chapadão do Céu, em Goiás; e parte de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul.
No meio da biodiversidade local, existem em torno de 20 milhões de cupinzeiros, que se transformam em esculturas iluminadas pelo efeito da bioluminescência.
O evento ocorre a partir das primeiras chuvas após o inverno, de setembro a fevereiro, mas com maior intensidade em outubro e novembro, quando os cupinzeiros podem ser vistos brilhando de longe.
Para melhor visualizar a bioluminescência dos cupinzeiros do Parque Nacional das Emas, noites quentes, sem luar e com alta umidade são perfeitas.
Mas é importante lembrar que a bioluminescência só continuará sendo apreciada pelas gerações futuras se o Cerrado for conservado e permanecer a proteção do Parque das Emas.
Descubra mais sobre Aquele Mato
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.