Guerra do Paraguai: Dom Pedro II e Deodoro da Fonseca - Aquele Mato
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Guerra do Paraguai: Dom Pedro II e Deodoro da Fonseca

A gente ouve muito falar sobre a Guerra do Paraguai e o confronto que visava o aumento do território paraguaio.

Durante esse período de lutas, muitas batalhas foram travadas e, até hoje, existem controvérsias sobre os reais motivos desse conflito.

Guerra do Paraguai: Dom Pedro II e Deodoro da Fonseca - Aquele Mato

Entre importantes nomes que viveram o maior conflito armado da América Latina estão Deodoro da Fonseca e Dom Pedro II.

Dom Pedro II

(Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 – Paris, 5 de dezembro de 1891)

Cheio de ideais e projetos, Dom Pedro II não tinha vocação de governo.

Sucessor e filho de Dom Pedro I – o homem que mais tempo governou o Brasil (entre 1840 e 1889) -, Dom Pedro II herdou um Império e consolidou a unificação do Brasil.

Em seu Império, ocorreram o fim do tráfico negreiro (4 de setembro de 1850), a implantação do sistema de esgotamento das duas principais cidades da época, São Paulo e Rio de Janeiro (1850); a Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871); a libertação dos escravos sexagenários e a lei Áurea, em 13 de maio de 1888, sancionada pela princesa Isabel, que ocupava a regência.

Durante seu reinado, Dom Pedro II excursionou pelo Brasil e visitou diversos lugares do mundo, como a América do Norte, a Rússia, a Grécia, o Egito e a Palestina.

Nestas visitas sempre buscava trazer inovações tecnológicas para o país, como a câmera fotográfica, onde os registros de suas viagens se tornaram preciosidades históricas.

Ainda no decorrer do seu governo, o Brasil foi vitorioso em três conflitos internacionais:

A Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai, esta a qual teve um papel decisivo ao não aceitar dialogar com o então presidente paraguaio Solano Lopez e assinar um tratado com Argentina e Uruguai para frear o ímpeto expansionista do Paraguai.

Dom Pedro II também não aceitou negociar um fim para o conflito sem ver Solano Lopez preso ou morto, o que aconteceu depois de 5 anos, de estourar o orçamento do Império e de quase meio milhão de mortos.

Então, Pedro II partiu para o sul em Julho de 1865, desembarcando no Rio Grande do Sul poucos dias depois e seguindo de lá por terra.

Dom Pedro II alcançou Uruguaiana, uma cidade brasileira ocupada pelo exército paraguaio, em 11 de setembro.

Quando de sua chegada, a força paraguaia já se encontrava cercada.

Para evitar mais derramamento de sangue, ele sugeriu rendição ao comandante paraguaio, que os aceitou, surgindo a crença de que a guerra estava próxima do fim.

Porém, contrariando as expectativas, a guerra ainda prosseguiu por cinco anos.

Nesse período, o tempo e a energia de Dom Pedro II foram dedicados ao conflito, no recrutamento e equipamento de tropas para reforçar as linhas de frente de batalha, e na construção de novos navios de guerra.

Sua recusa em aceitar qualquer resultado que não a vitória foi essencial para o resultado final da guerra.

E foi o que trouxe consequências para sua popularidade, que caiu, resultando no aumento de movimentos abolicionistas e republicanos.

Guerra do Paraguai: Dom Pedro II e Deodoro da Fonseca - Aquele Mato

No dia 1º de março de 1870 chegava ao fim a Guerra do Paraguai, com a morte do líder paraguaio Solano López pelas tropas brasileiras.

Deodoro da Fonseca

(Alagoas da Lagoa do Sul, 5 de agosto de 1827 — Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1892)

De família toda militarizada, Deodoro da Fonseca cursou artilharia na Escola Militar do Rio de Janeiro entre 1843 e 1847.

Ele participou de algumas campanhas militares durante o Império, entre as quais se destacam a Revolução Praieira, o cerco de Montevidéu e a Guerra do Paraguai.

Onde se feriu, mas sobreviveu, sendo promovido em meio a tantos atos de bravura, tornando-se tenente-coronel.

Assim, Deodoro da Fonseca teve sua carreira militar acelerada, todas as condecorações por bravura e tudo mais foram conferidas a ele.

Deste modo, ganhou a confiança do imperador Dom Pedro II, criando uma relação de fraternidade com o monarca.

Isso fez com que republicanos o procurassem em busca de apoio, para um golpe de força contra o governo imperial de Dom Pedro II.

Também por essa proximidade, Deodoro da Fonseca foi presidente da província de Mato Grosso, foi governador da Bahia e comandante das armas das províncias da Bahia e Pará. Deodoro da Fonseca se tornou, em meados de 1887, a maior representação militar brasileira, respeitado e admirado pelas Forças Armadas de então.

Com o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, Deodoro da Fonseca volta para casa, rompe de vez os laços com a monarquia.

O que dá início a uma outra história.

Após esse período de lutas, vieram as consequências para todas as nações envolvidas.

O Paraguai foi derrotado e tornou-se um dos países mais atrasados da América do Sul.

Realidade que não se aplica aos dias atuais.

Pois, enquanto o Brasil ficou com a soberba da vitória – e bastante endividado, em decorrência dos empréstimos feitos para financiar o conflito -, o Paraguai teve que se reerguer e, mesmo não sendo mais uma potência econômica na América do Sul, registra impressionantes números de crescimento nos dias atuais.

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14 Comentários

  1. Gostei da página e só posso elogiá-la. Sugeriria apenas, quanto ao texto sobre o Mal. Deodoro, que, após ouvir mais uma ou duas opiniões, considere a simples supressão do último parágrafo. Obrigado

  2. Gostei da página e só posso elogiá-la. Sugeriria apenas, quanto ao texto sobre o Mal. Deodoro, que, após ouvir mais uma ou duas opiniões, considere a simples supressão do último parágrafo. Obrigado

  3. Absurda afirmação que Dom Pedro II não tinha vocação de governo! Deve ser alguma ideia preconceituosa do articulista filtrada pelas suas latentes convicções ideológicas lacradoras. E não! A ideia de vitória total de D.Pedro II está em consonância com o pensamento da sociedade brasileira da época, principalmente pelas barbaridades cometidas pelo exército paraguaio quando invadiu o território brasileiro! Pseudo-historiadores dedicam-se há anos a depreciar o Brasil no episódio da Guerra do Paraguai. O mais famoso destes depreciadores, José luís chiavenato produziu um livro cheio de mentiras e pontuado de depoimentos de ressentimentos de autores paraguaios! O fato é que nós não começamos a guerra! E sim os paraguaios! Inflamados por um pensamento belicoso do seu líder, o ditador Solano Lopez! Que do alto da sua empáfia e arrogância julgava-se o Napoleão Bonaparte das Américas! Buscava ele um feito magistral tal como a epopeia de Bolívar! Hoje virou modinha exaltar o Paraguai nesta guerra e culpar o Brasil pelos “excessos”! Ora bolas! Informem-se melhor!

    1. De acordo!! Só lamento que em nosso país, prefiram exaltar líderes estrangeiros, sem ao menos conhecer bem a história de nossos maiores líderes.

  4. Absurda afirmação que Dom Pedro II não tinha vocação de governo! Deve ser alguma ideia preconceituosa do articulista filtrada pelas suas latentes convicções ideológicas lacradoras. E não! A ideia de vitória total de D.Pedro II está em consonância com o pensamento da sociedade brasileira da época, principalmente pelas barbaridades cometidas pelo exército paraguaio quando invadiu o território brasileiro! Pseudo-historiadores dedicam-se há anos a depreciar o Brasil no episódio da Guerra do Paraguai. O mais famoso destes depreciadores, José luís chiavenato produziu um livro cheio de mentiras e pontuado de depoimentos de ressentimentos de autores paraguaios! O fato é que nós não começamos a guerra! E sim os paraguaios! Inflamados por um pensamento belicoso do seu líder, o ditador Solano Lopez! Que do alto da sua empáfia e arrogância julgava-se o Napoleão Bonaparte das Américas! Buscava ele um feito magistral tal como a epopeia de Bolívar! Hoje virou modinha exaltar o Paraguai nesta guerra e culpar o Brasil pelos “excessos”! Ora bolas! Informem-se melhor!

    1. De acordo!! Só lamento que em nosso país, prefiram exaltar líderes estrangeiros, sem ao menos conhecer bem a história de nossos maiores líderes.

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