Sucuri-amarela, um pouco sobre a anaconda!
Na nossa fauna, é comum toparmos com uma sucuri-amarela (Eunectes notaeus).
Por isso, vamos falar sobre a nossa anaconda e o dilema desta convivência!Afinal, dar de cara com uma sucuri pantaneira é o tipo de encontro para Mateiro nenhum botar defeito, né?
Conheça a família dos boídeos
Bem de boinhas (tum duts), a grande família dos boídeos agrega todas as serpentes constritoras, aquelas que apertam e sufocam a presa.
Assim, parte desta família fofa, a sucuri-amarela (como é conhecida a sucuri do Pantanal) é comumente encontrada na região central da América do Sul.
Seu corpo é todo amarelado, com manchas pretas e, por causa da caça atrás da sua pele, sua situação é de ameaça.
Embora nunca se encontre longe da água, em tempos de cheia, ela percorre distâncias consideráveis em busca de alimento.
Qual o tamanho de uma sucuri-amarela?
Apesar de o tamanho de uma sucuri-amarela estar longe do representado na ficção, ela é uma espécie considerada de grande porte.
Assim, ela pode medir de 2,4 a 4,6 metros, sendo a fêmea maior que o macho.
A massa média de uma sucuri é, em média, de 30 kg.
Contudo, pode chegar aos 40 kg.
Já as sucuris-amarelas recém-nascidas medem cerca de 60 cm.
Predadoras, sucuris matam para sobreviver
Diferentemente do que a maioria pensa, a sucuri-amarela não produz toxinas capazes de matar.
Seu método consiste em envolver a presa com seu corpo e apertar até que o coração pare de bater.
Inclusive, pensar nelas como predadoras apenas de animais grandes também é uma confusão comum.
Isso porque elas consomem tipos diferentes de presas e, assim como os jacarés, parte principal da alimentação da sucuri-amarela são os peixes.
Mas não dá pra marcar bobeira.
Pois um dia a sucuri pode comer o filhote do jacaré e, no outro, a história se inverte.
De repente, a batalha pode ser travada entre eles.
Como outros predadores, elas têm um importante papel a cumprir nos ambientes que habitam: o de controlar as populações de suas presas.
Incluindo pragas potenciais para o homem, como ratos.
Tímidas, elas evitam o contato humano, tornando o ataque desenfreado a pessoas apenas uma crença popular, sendo na realidade bastante raro.
Porém, a captura e a manipulação inadequada delas resultam em acidentes.
Quando ameaçadas, essas grandes serpentes escondem a cabeça entre as voltas do corpo de um jeito tão apertado que fica impossível desfazer o emaranhado, ainda podendo atacar como forma de proteção.
Dessa forma, mesmo sem veneno, sua mordida é bemmm forte.
O inimigo é sempre o mesmo
Atualmente, a caça a sucuris é proibida internacionalmente.
Mas seu maior inimigo ainda somos nós.
Fatores como a matança desgovernada por medo ou o desmatamento do seu habitat contribuem para aproximar a extinção da espécie.
Sendo uma das espécies mais procuradas pelos turistas estrangeiros que visitam o Pantanal, a sucuri-amarela atrai pessoas que até pagam para “topar” com uma embaixo d’água!
Portanto, a melhor forma de proteção é a conscientização da exploração de florestas e rios.
Ou seja, aprender a conviver com as sucuris é muito mais efetivo e humano para a sobrevivência das nossas planícies pantaneiras.
E aí, será que tá preparado para encontrar essa fera?
A gente se vê nas trilhas!
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