Tradicional Banho de São João é festa junina de Corumbá
Evento que já é patrimônio imaterial de Corumbá, o tradicional Banho de São João é a festa junina mais famosa de Mato Grosso do Sul.
Assim, ela acontece no mês de junho e é bastante esperada por religiosos e devotos, que realizam o ritual de banhar seus santos nas águas do rio Paraguai, no Porto Geral da Cidade Branca.
Então, bora conhecer um pouco mais desta tradição sul-mato-grossense.
Qual a origem dessa cultura de se banhar o santo?
Para começar, a cultura de banhar o santo no rio Paraguai é costume que remete ao batismo de Jesus, feito por João Batista, no rio Jordão.
Dessa forma, quem participa da festa já sabe: é preciso fabricar as estruturas preparadas para receber a imagem do santo, os chamados andores.
Assim, para incentivar os festeiros, é feito um concurso para escolher o andor mais bonito da cidade, com a melhor decoração e arranjos em volta do santo.
Os três primeiros colocados são premiados com um valor em dinheiro e a avaliação é realizada por jurados.
A saber que o cortejo acontece de 23 para 24 de junho, o fiel já se prepara para passar por debaixo de sete andores.
A fim de que os pedidos feitos ao santo sejam atendidos.
Por isso, os festeiros descem a Ladeira Cunha e Cruz para ter acesso ao rio.
Logo, o ritual já se inicia no caminho, quando os fiéis aproveitam a descida para passar debaixo dos andores.
Pois, segundo a tradição, ao fazer isso 7 vezes, a pessoa se casará no próximo ano.
Ainda são feitas apresentações musicais e também tem elevação do Mastro de São João, concurso de quadrilha, praça de alimentação, pau de sebo e exposição dos Altares de Todos os Santos.
O que torna o Arraial do Banho de São João de Corumbá algo único?
Logo que você está ali pode perceber o motivo de o Banho de São João de Corumbá ser algo único.
Inclusive, por isso ele é Patrimônio Cultural do Brasil, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Dessa maneira, a festa vai acontecendo, com os cururueiros e suas violas de cocho dando o tom da comemoração.
Inclusive, em 130 anos em que a tradição é realizada, o ano de 2018 foi a primeira vez a escultura de São João Pantaneiro veio para a celebração.
Por muitos anos, o ícone permaneceu nas alegorias carnavalescas do Rio de Janeiro.
Mas agora retorna para sua cidade natal, Corumbá.
Feita de isopor pelo escultor Denilson de Oliveira, a escultura tem quase oito metros de comprimento.
Definitivamente, ela não passa despercebida.
Sobretudo ao ser acompanhada por outros símbolos da região, como pássaros e violas de cocho.
Principal atração da festa, o Banho de São João revela a mistura entre catolicismo e outras religiões de matrizes africanas.
Tais como umbanda e candomblé, celebrando a presença do João, católico, e de Xangô na festividade.
A cultura corumbaense vem sendo bem representada, né?
Em Mato Grosso do Sul, ainda acontecem diversas manifestações religiosas além do Banho de São João.
Assim se consolida uma identidade e uma imagem regional do Pantanal Sul-Mato-Grossense.
Já conhece ou participou desta festa junina do Pantanal?
Com certeza, é uma representação da diversidade cultural das festas de São João do Brasil.
Assim se passa a comemoração, que lava a alma e festeja a cidade e o Pantanal.
Se ainda não veio, bora aproveitar este ano!
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A gente se vê!
Tchauu!
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