11 Aves de rapina raras em Mato Grosso do Sul - Aquele Mato
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11 Aves de rapina raras em Mato Grosso do Sul

Olá, Mateiro! Você sabe quais são as aves de rapina raras que já passaram por Mato Grosso do Sul?

Bom, já falamos aqui sobre como o Pantanal é destino para várias aves migratórias.

Mas hoje vamos focar nas aves de rapina.

Primeiramente, lembramos que essas aves são carnívoras e se diferenciam pela inteligência visual e auditiva.

Além de ter grandes habilidades como caçadoras.

Com isso em mente, vamos descobrir quais são as aves de rapina já observadas pela nossa região!

Accipiter striatus (Vieillot, 1808)

Pra começar a lista de aves de rapina, apresentamos o gavião-miúdo.

Inicialmente, o gavião-miúdo é um astuto caçador que tem ampla distribuição nas Américas.

Ainda ocorre da América do Norte à Argentina.

Assim, incluindo o leste, sul e centro do Brasil.

Em Mato Grosso do Sul, ela já passou pelo Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, planície pantaneira e Serra da Bodoquena. 

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Foto: Willian Menq | Aves de rapina Brasil

Sauveiro-do-norte, Ictinia mississippiensis(Wilson, 1811)

Antes de mais nada, você logo pode ver as longas e estreitas asas do sauveiro-do-norte.

Certamente, a ave cinza com cabeça esbranquiçada tem ampla distribuição geográfica.

Pois ela ocorre desde o Canadá e EUA até a Argentina, no sul da América do Sul.

Dessa forma, ele chega a América do Sul periodicamente após deixar o inverno da América do Norte.

Porém, suas rotas migratórias no Brasil ainda são pouco conhecidas

Aqui, em Mato Grosso do Sul, havia registro do sauveiro-do-norte apenas na planície pantaneira.

Depois, um bando com cerca de 20 indivíduos esteve em uma área rural no município de Angélica.

Em seguida, um bando ainda maior, com mais de 200 aves, foi visto em uma área rural do município de Bonito.

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Foto: Dione Sales | Aves de rapina Brasil

Águia-cinzenta, Urubitinga coronata (Vieillot, 1817)

Sobretudo, uma ave grande e poderosa.

Assim, o adulto apresenta uma plumagem geral cinza-chumbo e tem o penacho em forma de coroa e cauda curta com uma única faixa cinza.

Ela ocorre da Argentina à Bolívia.

No Brasil, ela habita regiões campestres do Brasil central e Pantanal.

Já em Mato Grosso do Sul, o registro da águia-cinzenta é da sua ida até a planície pantaneira e o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, no extremo leste do estado, próximo ao rio Paraná (Gimenes et al. 2007). 

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Foto: Rafael Balestrin | Aves de rapina Brasil

Águia-chilena, Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819)

Ainda conhecida como águia preta e branca.

A águia-chilena ocorre do Chile a Venezuela, e no sul, sudeste, centro e nordeste do Brasil.

Ou seja, ela gosta de regiões campestres, especialmente em áreas montanhosas.

Logo, em Mato Grosso do Sul, a espécie deu seu passeio na planície pantaneira.

Além disso, há registro de sua vinda em mata secundária, na fazenda Harmonia e na fazenda Rancho Branco, na Serra da Bodoquena. 

Assim como ela chegou ao município de Corumbá, borda oeste do Pantanal e entre os municípios de Bonito e Jardim.

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Foto: Jayrson Araújo | Aves de rapina Brasil

Gavião-pedrês, Buteo nitidus (Latham, 1790)

Pra começar, uma curiosidade: o nome científico desta espécie significa  Abutre brilhante ou “gavião” reluzente.

Dessa maneira, o gavião-pedrês ocorre desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina.

Em Mato Grosso do Sul, a espécie já foi registrada na planície pantaneira, Serra da Bodoquena, no Chaco brasileiro (Straube et al. 2006b) e baixo rio Quitéria, região de Cerrado no município de Paranaíba.

Além disso, um indivíduo de gavião-pedrês esteve no Maciço do Urucum, em Corumbá. 

Depois, ele foi visto ainda no município de Corguinho, Serra de Maracaju.  

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Foto: Marcelo Dutra | Aves de rapina Brasil

Gavião-de-cauda-curta, Buteo brachyurus (Vieillot, 1816)

Este caçador de aves ocorre do México à Argentina e em todo o território brasileiro

Pra falar de Mato Grosso do Sul, a ave veio até o Pantanal e também a uma Área de Preservação Permanente (APP) do Córrego Caraguatá, em Bataguassu.

Inclusive, os municípios de Aquidauana e de Nova Alvorada do Sul também têm registros de sua passagem.

Assim como a fazenda Boqueirão e a fazenda Remanso, ambas na Serra da Bodoquena, também receberam sua visita. 

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Foto: Dante Meller | Aves de rapina Brasil

Gavião-real, Harpia harpyja (Linnaeus, 1758)

O gavião-real ou harpia é uma águia enorme, sendo considerada a ave mais forte do planeta.

Inclusive, é a maior ave de rapina brasileira.

Sendo assim, é uma espécie rara e distribuída desde o México, na América Central, até o nordeste da Argentina, na América do Sul.

Porém, ela está extinta localmente em muitas áreas dentro de sua distribuição original.

Em Mato Grosso do Sul, o gavião-real foi encontrado na região da Serra da Bodoquena, em florestas nos municípios de Bonito e Bodoquena.

Após estes registros, ele ainda foi observado na fazenda Boca da Onça Ecotour, também localizada na Serra da Bodoquena.

Além disso, um indivíduo adulto foi visto e fotografado comendo um filhote de carneiro em mata perto do rio Salobra. 

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Foto: Hudson Martins | Aves de rapina Brasil

Gavião-pato, Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816)

Geralmente, o gavião-pato voa nas horas mais quentes da manhã.

Assim, ele é geralmente visto pelos céus do México à Argentina.

Porém, também em todo o Brasil, habitando matas e campos adjacentes próximos a rios. 

Por aqui, a espécie já foi registrada na Serra da Bodoquena e no Pantanal.

Além de ter registro de ele estar voando pastagens, no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, no Recanto Ecológico Rio da Prata e na RPPN Buraco das Araras

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Foto: João Sérgio Barros | Aves de rapina Brasil

Gavião-de-penacho, Spizaetus ornatus (Daudin, 1800)

Também conhecido também como apacamim.

Seu nome científico vem do grego (spizas = falcão e aetos = águia) e do latim (ornatum, ornatus = com adorno, adornado, ornamentado). 

Ou seja, Falcão águia com adorno.

Assim, ele ocorre do México à Argentina e em todo o Brasil.

Mas está se tornando cada vez mais raro na natureza.

Em MS, tem registro do gavião-de-penacho nas nascentes do rio Sucuriú, no município de Costa Rica, no Pantanal e no Chaco.

Além disso, existem relatos de sua aparição na RPPN Vale do Bugio, localizada no município de Corguinho, Serra de Maracaju.

Além de seu passeio em uma área brejosa no município de Nova Alvorada do Sul, na Bacia do Alto Rio Paraná. 

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Foto: Augustinho Nery | Aves de rapina Brasil

Gavião-pega-macaco, Spizaetus tyrannus (Wied, 1820)

Igualmente conhecido como apacanim-preto.

Ele ainda recebe nomes indígenas de Uirucotim (algumas regiões do Centro-Oeste, sudeste e norte) e urubitiga (especialmente no norte).

Dessa maneira, o gavião-pega-macaco ocorre em florestas desde o México à Argentina e em todo o Brasil. 

No estado de Mato Grosso do Sul, um registro da espécie é da região do Chaco, na depressão do rio Paraguai no município de Porto Murtinho

Porém, mesmo tão rara, existe quem a viu próximo ao município de Sidrolândia e na fazenda Boca da Onça Ecotour, em Bodoquena.

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Foto: Danilo Mota | Aves de rapina Brasil

Falcão-relógio, Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817)

Em geral, o Falcão-relógio é mais escutado do que visto.

Assim, ele canta ao clarear ou ao escurecer do dia.

Seu nome científico vem do grego (mikros = pequeno e astur = açor, milhafre, referente ao gênero Astur de Lacépède, 1799); e do latim (semi = pequeno, meio, metade; e torquatus, torque = com colar, colar). 

Ou seja, ele é um pequeno milhafre com pequeno colar.

Então, essa espécie ocorre em diferentes habitats florestais do México à Argentina e em todo o Brasil.

Porém, sua visualização é difícil.

Pois ela tem hábitos comportamentais esquivos.

Pra nossa sorte, ele passa por aqui.

Pois há quem jure a sua presença no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, no Pantanal e na Serra da Bodoquena.

Inclusive, Jardim, Brasilândia, Bonito, Corumbá e Costa Rica também já contaram com suas aparições.

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Foto: Marcos Cruz | Aves de rapina Brasil

Murucututu, Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790)

Eventualmente chamado de corujão, coruja-de-garganta-preta, coruja-do-mato, bate-caixão (Ceará) e mocho-mateiro.

Logo, seu nome científico vem do latim (pulsatrix, pulsavi = batedor, pulsador, atacar; e de perspicillata, perspicillatum, perspicilatus = de óculos, ver através de).

Ou seja, é a (Ave) de óculos (que) ataca.

Assim, essa espécie predominantemente florestal se distribui do México à Argentina e em todo o Brasil.

Em Mato Grosso do Sul, o murucututu já foi registrado no Pantanal e na Serra da Bodoquena.

E aí, fazia ideia de que tinham tantas aves de rapina raras já vistas em Mato Grosso do Sul?

Aliás, é um apaixonado por aves?

Então comenta aqui qual você mais gosta de observar!

A gente se vê nas trilhas!

Tchaau.

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