Chamamé, dança de Mato Grosso do Sul
E aí, Mateiro, bora descobrir como é a dança chamamé?
Antes de tudo, é bom ressaltar que ela é uma dança de Mato Grosso do Sul.
Inclusive sendo reconhecido em diversos momentos da sua identidade.
Isso porque ele é Patrimônio Cultural Imaterial de Mato Grosso do Sul, desde 2017.
Depois, a capital Campo Grande se torna oficialmente a Capital Nacional do Chamamé, título que ganhou após sanção presidencial ao Projeto de Lei nº 4.528, de 2019.
Da mesma forma, Rio Brilhante é outro município de MS que se destaca por manter viva a cultura da dança, tornando-se então a “Capital Estadual do Chamamé”.
Inclusive, o Instituto Cultural Chamamé MS, da Cidade Morena, trabalha visando a preservação do chamamé.
Portanto, já começamos com vários motivos pra querer conhecer melhor esta tradição!
Bora!
Qual é a origem do chamamé?
A princípio, o estilo musical tem origem na tribo indígena Kaiguá, localizada na região fronteiriça entre o Brasil e a Argentina, na província de Corrientes.
Porém, ela também era conhecida como “Polkakirei”, uma polquinha tocada e dançada rapidamente.
Dessa forma, tem gente que defende que o nome do estilo deveria ser polca correntina.
Porém, a origem do chamamé pode ser um pouco controversa.
Pois alguns historiadores defendem que a origem seja paraguaia.
Ou seja, seria um novo ritmo vindo da mistura entre polca paraguaia e guarânia, outro estilo musical da região.
Infelizmente, não existe um registro etimológico para provar a origem.
Portanto, temos algumas possíveis criações para o termo.
O mais próximo que etimólogos concluíram é que a palavra vem do guarani e significa improvisação.
Na Argentina, a palavra ganha o significado de “senhora, ama-me”.
Por outro lado, no Brasil ela significa “chama-me para bailar”.
Seja como for, vários estados brasileiros têm o ritmo em suas culturas, como Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Em Mato Grosso do Sul, tem como 19 de setembro o “Dia Estadual do Chamamé”, por meio da lei nº 3.837, de 23 de dezembro de 20009.
Assim, o estado dedica esse dia para comemorar.
Inclusive, uma parceria com o governo do Estado, o Instituto Cultural Chamamé MS, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, promoveu o 1º Festival Internacional de Chamamé do Estado, Integração Brasil – Argentina – Paraguai, em 2017.
Dessa maneira, o evento se repete, agregando importantes nomes do chamamé da Argentina e do Paraguai, países convidados que enviam músicos, dançarinos e estudiosos do estilo.
Visibilidade em MS
Agora, precisamos ser sinceros, tudo começou bem antes de tantas conquistas!
Nas décadas de 1960 e 1970, artistas regionais tiveram visibilidade no estilo.
Nesta época, Zé Corrêa – que era considerado o Rei do Chamamé -, as duplas Délio e Delinha, Beth e Betinha, assim como o cantor Castelo eram nomes referência da música sul-mato-grossense.
Inclusive, influenciando os mais recentes Marcelo Loureiro e Vinicius Teló, por exemplo.
Qual a vestimenta do chamamé?
Para falar das vestimentas do chamamé, precisamos separar os trajes de homens e mulheres.
Assim, as roupas para homens são bombachas, cinto, chapéu, camisa e alpargatas.
Por outro lado, as mulheres vestem polheras (saias), blusas e alpargatas.
Tudo em cores primárias.
Além das roupas, a música também tem seus instrumentos tradicionais.
Assim, os primeiros chamamés eram tocados apenas com violão.
Apenas no início do século 20 vieram o bandaleon e o acordeão ou gaita.
Atualmente, a música inclui acordeon, violões, percussão, harpas, contrabaixo e até guitarras elétricas.
Frequentemente, Mato Grosso do Sul, vivencia o chamamé.
Tanto em churrascos, festas populares e bailes quanto ao lado de outros ritmos da cultura local.
Tais como polca paraguaia, guarânias, vanerão gaúcho e o rasqueado sul-mato-grossense.
Por isso, temos muito orgulho de mais essa parte da nossa cultura.
Agora conta aí pra gente nos comentários se já conhecia ou qual o seu chamamé preferido!
A gente se vê nas trilhas.
Tchauu!
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