Plantas carnívoras Pantanal
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Temos plantas carnívoras no Pantanal?

Sempre representadas em filmes e desenhos, as plantas carnívoras atraem, capturam e digerem suas presas, como todo bom predador. 

A princípio, dá até um medo, né, Mateiro?!

Mas não é bem como parece.

Pra começar, por que elas estariam por aqui?

Ao passo que as plantas carnívoras são estruturadas para viver em situações de escassez, elas estão em ambientes de solo pobre, ácido ou mesmo encharcados.

Ou seja, como nosso Pantanal.

Então, bora descobrir quais plantas carnívoras podem ser encontradas no Pantanal.

O que comem as plantas carnívoras?

Diferentemente das plantas do Pantanal que nós podemos comer, agora vamos descobrir o que as plantas carnívoras comem.

Igualmente chamadas de plantas insetívoras, essas plantas possuem a capacidade de atrair pequenos pequenos organismos, como protozoários, insetos e aracnídeos.

Porém, algumas plantas são até capazes de devorar rãs e pássaros.

Inclusive, é importante lembrar que a gente não faz parte da dieta delas.

Logo, se você colocar o dedo nas folhas de uma carnívora, ela vai apenas fechar e abrir em seguida. 

Isso porque a carne não é a sua maior fonte de energia, mas a fotossíntese, como qualquer planta. 

Assim, as presas acabam sendo um complemento nutricional.

Elas ajudam na suprir a necessidade de nitratos e fosfatos.

Pois eles são escassos nos solos ácidos e pobres em que as carnívoras vivem.

Famílias de plantas carnívoras no Pantanal

Atualmente, as famílias droceraceae e lentibulariaceae são as representantes das plantas carnívoras no Pantanal.

Primeiramente, vamos falar da droceraceae, cuja família tem três gêneros: Aldrovanda, Dionaeae e Drosera

Por aqui, temos apenas a Drosera.

Temos plantas carnívoras no Pantanal? - Aquele Mato
Drosera platypoda | Por Jan Wieneke – Jan Wieneke, CC BY-SA 3.0, Hiperligação

Ela cresce em locais abertos e úmidos, em indivíduos isolados ou em pequenas populações.

Assim como podem crescer em pequenos alagados junto a gramíneas nas zonas de borda e meio da vereda. 

É uma erva viscosa, carnívora e que desaparece na seca e com fogo.

As droseras têm em suas folhinhas vários tricomas (“pelinhos”) repletos de glândulas produtoras de substâncias pegajosas.

Elas são próprias para capturar presas. 

Dessa maneira, ao pousar numa dessas plantinhas, o inseto acaba preso nesse muco. 

Enfim, as droseras enrolam o inseto em suas folhas, para garantir que ele não fuja.

Dessa forma, ele fica se debatendo.

Logo, esse movimento libera mais muco e faz as enzimas digestivas degradar o animal.

Inclusive, certas espécies usam a luz refletida pelas numerosas gotículas de mucilagem presentes nas suas armadilhas como mecanismo para atrair insetos.

Pra finalizar, ela ocorre com frequência na parte leste de Paiaguás e Nhecolândia, em campos alagáveis ralos.

Mais uma família no Pantanal

Em seguida, temos a família lentibulariaceae, que é composta por três gêneros: Genlisea, Pinguicula e Utricularia.

Este último é o único presente no Pantanal.

Assim, uma característica interessante nesse gênero é que ele é composto por espécies submersas.

Elas apresentam folhas submersas recortadas com “utrículos”.

Esses utrículos são semelhantes a “bolsinhas”, usadas como armadilhas. 

Pois é por meio deles que elas capturam e digerem larvas aquáticas. 

Agora não precisa mais ter medo! rsrs

Inclusive, você pode até ter uma planta carnívora em casa.

Mesmo não sendo tão comuns, elas podem fazer parte do seu projeto de jardinagem.

Legal, né?!

Bom, por hoje é isso.

A gente se vê nas trilhas!

Tchauu.

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