E aí, Mateiro! Bora descobrir o gostinho da bocaiuva?
Antes de tudo, a bocaiuva (Acrocomia aculeata) é uma fruta Típica do Cerrado.
Em suma, a bocaiuva é o coquinho de uma palmeira que chega a 25 metros de altura.
Agora que já vimos como ela é versátil no cardápio, bora saber mais.
Conheça a bocaiuva, fruta doce de MS
Primeiramente, é comum chamar a bocaiuva de “chiclete de pobre”.
Isso porque ela pode ser encontrada em todo lugar e dá pra ficar mastigando por um tempão.
Por isso mesmo, ela é sucesso entre as crianças de Mato Grosso do Sul e fascina os turistas.
Dessa forma, o fruto com tamanha importância regional une o sabor da infância com a economia da região.
Tanto no comércio quanto no turismo, em que viajantes buscam os sabores locais.
Bocaiuva é usada de várias formas
Antes de tudo, a bocaiuva tem uma grande diversidade gastronômica.
Pois tudo nela pode ser aproveitado.
Sendo assim, a fruta doce é bastante usada pra produzir bolo, farinha, sorvete e até brigadeiro na culinária de Mato Grosso do Sul.
Além disso, ela ainda vai bem em pratos salgados.
Por exemplo, você pode experimentá-la no pintado (peixe da região) ao creme de bocaiuva.
Inclusive, dentro da frutinha existe uma doce, nutritiva e saborosa parte fibrosa.
Ou seja, ela ainda é boa para quem tem intestino com funcionamento irregular.
Além disso, as folhas são utilizadas para suplementação alimentar de cavalos e bois.
Por isso, ela serve de reforço na sustentação dos animais.
Ainda sendo utilizada na construção de habitações.
Nesse sentido, a palha é usada na cobertura.
Assim como os coquinhos, por serem muito duros, servem como brita; e a madeira serve para parede, caibro e ripa.
Por fim, o óleo da amêndoa ainda é usado na produção de sabão, sabonete, margarina e cosméticos.
Inclusive, a sua casca é fina e pode ser facilmente quebrada com os dedos.
Além disso tudo, pesquisadores da Embrapa Pantanal já apontam que a planta tem propriedades medicinais.
Inclusive, a seiva da bocaiuva ajuda no tratamento da erisipela, uma doença caracterizada por uma inflamação da pele.
Fora que o fruto é uma ótima fonte de betacaroteno, um pigmento que se transforma em vitamina no organismo.
Assim, ele é antioxidante e proporciona brilho ao cabelo.
Além de ter betacaroteno, substância que se transforma em vitamina A, se estiver em falta no corpo.
Lembrando ainda que é riquíssima em ômega 3, perfeita para veganos.
Como resultado, só vemos vantagens!
Qual é a relação da bocaiuva com a cultura
de MS?
Em conclusão, a bocaiuva ainda está muito ligada à nossa cultura.
Pois, assim como antes, a distribuição da bocaiuva se assemelha ao território de antigas populações indígenas.
Logo, a etnia Terena ainda usa a palmeira para fins alimentares.
Dessa forma, a polpa, a amêndoa e o óleo são usados para produzir alimentos artesanais.
Esse trabalho de extrair e processar a bocaiuva e também produzir os seus derivados gera uma renda diversificada para a região.
Tanto que “o chiclete” já ganhou o mercado, com produtos genuinamente regionais.
Inclusive, esses produtos são bem comuns em cidades como Miranda e Corumbá.
Por isso, a alternativa de renda com produtos vindos da bocaiuva já faz parte da agricultura de muitas famílias.
Por consequência, ela contribui para a melhoria de vida de todos.
Desde os trabalhadores que plantam e colhem as frutas até os que fabricam os produtos e os que os revendem.

Pra finalizar, a bocaiuva também é conhecida por outros nomes.
Tais como macaúba, coco-baboso, mucujá, mocujá, mocajá, macaíba, macaiúva, umbocaiúva, imbocaiá ou coco-de-espinhos, coquinho.
Importância ecológica da bocaiuva
Surpreendentemente, a crença sul-mato-grossense de que a bocaiuva só nasce em terra ruim não poderia estar mais errada.
Na verdade, a palmeira é bem exigente.
Tanto em relação à fertilidade da terra quanto à umidade do solo.
Dessa maneira, vemos a importância ecológica da bocaiuva na colonização de áreas degradadas.
Assim como na alimentação de diferentes espécies da fauna de Mato Grosso do Sul.
Por exemplo, as araras, capivaras, antas e cotias amam comer os frutinhos.
Mesmo com a expansão urbana e a pecuária intensiva, a bocaiuva não corre risco de extinção.
Mas, para que o desenvolvimento econômico se mantenha, precisamos divulgar a importância da bocaiuva como alimento.
Inclusive porque ela gera renda a muitas pessoas, na agricultura familiar.
Em outras palavras, quanto mais a gente descobre a natureza, mais a gente ama.
Agora é com você!
Então, fala aí!
Você gosta da bocaiuva e já experimentou nas receitas?
Se acaso quiser saber de outras delícias regionais, conta pra gente nos comentários também!
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A gente se vê!
Tchaau!
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